Igpm ou Ipca em contrato de aluguel? Ao firmar um contrato de aluguel, é crucial considerar o índice de reajuste associado ao contrato. Os dois mais comuns são o IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado) e o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Mas qual é a melhor opção para um contrato de aluguel? Vamos descobrir.
O que são IGPM ou IPCA em contrato de aluguel?
Antes de entrar nos detalhes, é importante entender o que são o IGPM e o IPCA. Ambos são índices de inflação utilizados para calcular o reajuste de contratos de aluguel, entre outras coisas.
O que é IGPM?
O IGPM, que significa Índice Geral de Preços do Mercado, é um dos vários índices econômicos que nós temos no Brasil. Vamos pensar nele como um “termômetro” que mede o aumento dos preços, ou seja, a inflação, em várias áreas da economia.
Sabe quando você vai ao supermercado e percebe que o preço do arroz, por exemplo, aumentou em relação à última vez que você comprou? Ou quando o custo da sua reforma na casa ficou mais caro do que você planejou inicialmente? É exatamente isso que o IGPM monitora.
Ele é calculado todo mês pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e leva em consideração uma cesta bem variada de preços. Essa cesta inclui preços ao consumidor (como alimentos, roupas, transporte), preços no atacado (como commodities agrícolas e industriais) e custos da construção civil.
Um uso bastante comum do IGPM é nos contratos de aluguel. Geralmente, o valor do aluguel é reajustado anualmente de acordo com o acumulado do IGPM. Por exemplo, se o IGPM do ano foi de 5%, o aluguel também aumentará 5%.
Mas lembre-se: mesmo que o IGPM seja um índice bastante abrangente, ele pode ter muitas oscilações, já que depende de vários fatores, inclusive de coisas que acontecem no mercado internacional, como a variação no preço do petróleo ou de outras commodities.
Portanto, entender o IGPM pode te ajudar a planejar melhor seus gastos e investimentos, além de compreender um pouco mais sobre como a economia do país e do mundo afeta o seu dia a dia.
O que é IPCA?
O IPCA, ou Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, é outro importante “termômetro” da nossa economia. Ele é como um detector de mudanças nos preços de produtos e serviços que nós, consumidores, usamos no dia a dia. Em outras palavras, ele é um indicador que nos mostra o quanto a inflação está afetando o nosso bolso.
Aqui está um exemplo para tornar isso mais fácil de entender: imagine que você tem uma lista de compras de supermercado que inclui arroz, feijão, carne, frutas, legumes, produtos de limpeza, entre outros. Agora, imagine que a cada mês você faz as mesmas compras. Se os preços desses produtos aumentarem, você vai gastar mais dinheiro para comprar as mesmas coisas, certo? Isso é inflação, e o IPCA é um índice que mede justamente isso.
O IPCA é calculado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que analisa os preços de uma variedade de itens em diversas cidades brasileiras. Essa variedade de itens é bem grande, e inclui desde alimentos e bebidas, passando por moradia, saúde, transporte, até despesas pessoais e educação.
O IPCA é muito importante porque é o índice oficial de inflação do Brasil, ou seja, é ele que o Banco Central usa para definir a meta de inflação do país e ajustar a taxa de juros (a famosa Selic). Além disso, ele também é bastante usado para reajustes de alguns contratos, como aluguéis e tarifas públicas, e para corrigir o valor de algumas aplicações financeiras, como a poupança e o Tesouro Direto..
IGPM ou IPCA em contrato de aluguel: Qual escolher?
Para começar, é importante lembrar que tanto o IGPM quanto o IPCA são índices que medem a inflação. Mas eles fazem isso de maneiras diferentes, olhando para coisas diferentes, e é por isso que podem ter comportamentos diferentes em determinadas situações.
Quando falamos que o IGPM é mais volátil, estamos dizendo que ele pode ter variações mais bruscas. Imagine um elevador que sobe e desce rapidamente: isso é volatilidade. E por que o IGPM pode ser assim? Porque ele inclui na sua fórmula preços de commodities, que são matérias-primas como soja, petróleo, minério de ferro, entre outros. Esses preços sofrem bastante influência do mercado internacional e, por isso, podem ter variações grandes em curtos períodos. Então, se esses preços subirem muito, o IGPM também pode subir, e isso pode levar a um reajuste maior no seu aluguel.
Por outro lado, o IPCA olha mais para os preços de produtos e serviços que consumimos no dia a dia, como alimentos, moradia, saúde, educação, entre outros. Esses preços costumam variar de maneira mais previsível, ou seja, sem grandes surpresas. Por isso, dizemos que o IPCA tem uma base de cálculo mais estável. Isso pode ser interessante para quem não gosta de surpresas e prefere um reajuste de aluguel mais previsível.
Mas atenção: embora o IPCA seja geralmente mais estável, ele não está livre de choques inflacionários. Por exemplo, se tivermos uma grande crise econômica que cause um aumento generalizado de preços, o IPCA também pode subir. Então, mesmo sendo mais previsível, ele não é 100% seguro.
Em resumo, a escolha entre IGPM e IPCA vai depender muito do cenário econômico (como estão os preços das commodities, a economia do país, etc.) e das condições específicas do contrato de aluguel (por exemplo, se o locador aceita usar o IPCA, que geralmente é mais estável). Entender esses dois índices pode te ajudar a negociar melhor o reajuste do seu aluguel e a fazer melhores escolhas financeiras.
Ambos os índices têm suas vantagens e desvantagens. A escolha do índice de reajuste ideal para o contrato de aluguel deve ser baseada em uma análise cuidadosa do cenário econômico e dos riscos associados a cada índice.
O IGPM pode ser uma opção atraente em um mercado estável, enquanto o IPCA pode ser uma escolha mais segura durante períodos de volatilidade econômica.
De qualquer forma, antes de firmar um contrato, é sempre recomendável buscar o aconselhamento de um profissional de confiança para ajudar a entender todas as nuances e garantir que você esteja fazendo a escolha certa para suas necessidades e condições específicas.
Lembre-se: cada caso é único e requer uma análise cuidadosa para tomar a decisão correta. Faça sua pesquisa, fique bem informado e tome uma decisão informada sobre o índice de reajuste do aluguel.
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